20 agosto 2009

O Duelo dos Pilares da Terra

Depois do lançamento do jogo "The Pillars of the Earth" e a sua expasão, aparece no mercado mais uma adaptação lúdica do romance de Ken Follet, com o nome em alemão de "Die Saülen der Erde: Duell der Baumeister" (os Pilares da Terra: Duelo de Construtores). Desta vez o jogo busca mostrar o confronto entre os protagonistas da história, o bispo Waleran, que tenta construir uma Fortaleza, e o Prior Philip, lutando para finalizar a Catedral de Kingsbridge.


Pois bem, enredo e tema a parte, o jogo serve a duas pessoas que irão encarnar um dos personagens e se confrontar para ver quem consegue terminar a sua construção primeiro. Cada construção tem 3 seções que precisam de determinados materiais para serem finalizadas.


Para a aquisição dos materiais necessários à construção, os jogadores irão disputar cartas que fornecerão os recursos ou ações de atualização destes (como por exemplo, a transformação de ferro em um sino para a catedral).

As cartas são abertas em uma formação de 3 x 3 (como um jogo da velha) e cada jogador escolherá uma linha ou uma coluna de cartas, sendo que o adversário irá realizar a mesma escolha. Diante desta situação, haverá um confronto entre uma das cartas escolhidas e ensejará uma batalha por seu domínio.


A parte da batalha não parece ser das melhores, e será resolvida atirando ao ar selos contendo valores diferentes. Aquele que tiver a maior combinação irá ganhar as 3 cartas e o perdedor ficará apenas com 2, mostrando o confronto que imperará por toda a partida.

Assim que forem conseguindo os materias necessários para a construção de uma seção da catedral ou da fortaleza, vão sendo baixadas as cartas correspondentes. Quando for construída a última parte da construção o jogo acaba e o jogador que construiu essa seção é o vencedor.


Parece ser um jogo bem simples e com uma mecânica até mesmo infantil (no que se refere a batalha pelas cartas), mas eu como um fã de Ken Follet não poderia deixar de comprá-lo. A princípio, este jogo seria lançado apenas na feira de Essen de 2009, mas já saiu sua versão em alemão. Minha cópia consegui de um vendedor em Londres e deve chegar dentro de 2 semanas. Se alguém quiser conhecer é só pedir.

Fonte das imagens: http://www.gamepack.nl/gamepack/nuern-2009-kosmos.html

13 agosto 2009

A Vida em um Celular

Mais uma indicação de um jogo de tabuleiro que foi parar na plataforma do iPhone. Desta vez um outro jogo da Hasbro chegou ao aparelhinho da Apple através da Electronic Arts. No caso em questão foi o "The game of Life" ou o abrasileirado "Jogo da Vida".

Os gamers que me perdoem, mas apesar de não se tratar de um Eurogame ou outro título que veja as nossas mesas de jogo, ainda assim a iniciativa da Hasbro é louvável pois leva aos usuários digitais uma experiência, ainda que mínima, da emoção de um jogo de tabuleiro (tá bom, no caso do Life não se tem tanta emoção assim).

De qualquer modo, mais uma vez percebe-se que o iPhone serve como um "ponte" de acesso àqueles que não conhecer os tabuleiros, ajudando de forma que mais pessoas passem a se interessar pelo assunto e que acabem chegando a Ilha do Tabuleiro, a Ludus Luderia ou ainda conhecendo nossos blogs e descubram o que se esconde atrás desta cortina.


Mesmo que eu não jogue o Life, vejo com bons olhos o investimento feito pela Hasbro, que já trouxe outros jogos de sua coletânea para o iPhone, como o Monopoly e o Scrabble.

Quanto maior a amplitude da divulgação da informação dos jogos de tabuleiro (neste caso o Life chegando à vários usuários de iPhone), maior será a possibilidade de ganharmos mais entusiastas do hobby fazendo o mesmo crescer no país e quem sabe chamar a atenção de outras empresas, ou até mesmo da Hasbro, trazendo novos títulos ao Brasil, acabando com a mesmice de sempre.

05 agosto 2009

Outro Novo Jogo do Martin Wallace

Além do "God´s Playground" destacado no último post, Martin Wallace irá ainda este ano lançar o segundo jogo da temática de trens na Linha Treefrog Games. O nome do jogo é: "Last Train to Wensleydale". Igualmente, foi disponibilizado no site do BGG a cópia do manual deste jogo. Clique aqui para acessá-lo.

Assim como nos demais jogos onde a temática de trens esta envolvida, os jogadores irão desenvolver a malha ferroviária objetivando o transporte e locomoção de determinadas coisas. No jogo em questão, faz-se o transporte de pedras, queijos e passageiros.

Porém, o próprio autor adverte que este jogo possui algumas peculiaridades diferentes: "Last Train to Wensleydale has much in common with many other railway games in that you will be building track with the aim of moving goods, with the final aim to score the highest number of victory points. However, there are a number of diversions on the way that might trip you up, so please pay attention."

A partida dura cerca de quatro ou cinco turnos, dependendo do número de jogadores, e em cada turno são apresentadas diversas fases aos jogadores, sendo as seguintes:

1. Cubos de Investimento
2. Pontos de Influência
3. Leilão de Pontos de Influência
4. Ordem de Jogo
5. Construção do Caminho
6. Compra de trens e movimento de bens/passageiros
7. Lucros e Perdas
8. Ordem de Jogo
9. Tomada de Poder
10. Fim do Turno

Como visto, assim como no outro lançamento previsto para Outubro (God´s Playground) e os demais jogos da série Treefrog (Automobile, Waterloo, etc.), "Last Train to Wensleydale" também possui vários detalhes nos seus turnos e mostra-se de uma complexidade um pouco maior que os demais jogos de trens. Mas como em todos os outros, no fim do turno recebe-se pontos de vitória pelos bens e passageiros que foram transportados.

Quantos ao material do jogo, pelo que se pode perceber do manual, serão reutilizadas várias peças dos jogos anteriores, como os marcadores de "distribuidores" do "Automobile". O tabuleiro a primeira vista, parece ser bem complexo, mas como nos outros jogos de Wallace, certamente será bem funcional e cada parte terá a sua razão de existir.

Mais um jogo que entra na minha "Wait List".


Novo Jogo do Martin Wallace

Em meio a processos envolvendo um suposto contrato referente aos direitos de comercialização do "Age of Steam", saem as regras do novo jogo de Martin Wallace da linha "Treefrog Games", previsto para Outubro de 2009, "God`s Playground".

O jogo se passa na Polônia, onde cada participante representa uma família de nobres (os Radizwills, os Potockis, e os Sapieha). Durante a partida, os inimigos da Polônia (Os Habsburgs, e os Otomanos) tentam invadi-la e cabe aos jogadores administrar os interesses pessoais com os interesses da pátria.

Ao todo o jogo terá quatro turnos, cada um contendo diversas fases, sendo elas as seguintes:

1. Receitas
2. Nobres
3. Eleição do Rei
4. Exército Polonês
5. Eventos
6. Eleições
7. Criação de Estados
8. Ações Especiais
9. Compra de Exércitos
10. Campanhas
11. Ataque Inimigo
12. Contra Ataque da Polônia
13. Expansão dos Inimigos
14. Estados
15. Pontos de Vitória
16. Fim do Turno

Como visto, o jogo não parece ser muito simples, sendo que o próprio autor já nos adverte sobre sua complexidade, que busca dar fidelidade aos eventos históricos. Porém, como todo jogo de Wallace, este certamente integrará minha Ludoteca, sendo que a pior parte será aguardar o seu lançamento em Essen e a sua tortuosa viagem para as terras tupiniquins.

Clique aqui para ter acesso ao manual completo do jogo.

Fonte: BGG

25 junho 2009

The Settlers of iPhone

Mais uma novidade para o iPhone vinda dos jogos de tabuleiro. Desta vez é o super clássico de Klaus Teuber, The Settlers of Catan, contudo, em uma forma "remodelada" para o Império Romano. Até mesmo o nome é diferente: Kolonist.


O jogo é distribuído na AppStore pela Kayxo, ao valor de $1.99 e permite assim como sua versão para o tabuleiro, o jogo de 3 a 4 participante que irão disputar os recursos naturais da pequena ilha para aumentar suas construções como cidades, fazendas e estradas. O objetivo é obter influência para se tornar o Governador da Ilha de Kayxo. O ladrão aqui é representado pelos "Bárbaros" mas exerce a mesma função de seu parente próximo.


A mecanica do jogo é parecida, e a temática fora adaptada, porém, não alterando muito a sua jogabilidade. Aliás, sua adaptação em forma eletrônica foi muito bem implementada, mas ainda assim não substitui uma mesa com jogadores reais.

De qualquer forma, continua sendo recomendado até mesmo porque já é um clássico na forma tradicional e com certeza o será em mídia digital.

25 maio 2009

Um Zoológico Virtual

Mais um jogo de tabuleiro deu as caras no iPhone da Apple. Desta vez foi o premiadíssimo Zooloretto de Michael Schacht trazido pela Chiilingo e SpinBottle Games.

Igualmente a versão do tabuleiro, o Zooloretto digital traz para os usuários do iPhone a possibilidade de administrar um zoológico, buscando atrair a maior quantidade de visitantes pela variedade e quantidade de animais expostos.

Macacos, Elefantes, Flamingos e até os Pandas estão presentes na versão digital, que possibilita jogarmos contra adversários comandados por uma "inteligência" artificial ou ainda compartilhando o aparelho para jogarmos contra oponentes reais.


Certamente a experiência não iguala a mesma daquela em que nos encontramos sentados à mesa para uma partida com a família ou amigos, mas ainda assim se mostra extremamente interessante na medida em que podemos a qualquer hora do dia jogarmos uma partidinha de Zooloretto.

Percebe-se que cada vez mais o aparelho da Apple se mostra um aliado dos Board Games, unindo a vontade de jogar com a ampla disponibilidade de tempo proporcionada pelo iPhone.

Fonte das imagens: BGG e SpinBottle

13 abril 2009

Reiner Knizia da Apple

Não. O Knizia não foi contratado pelo Steve Jobs, mas uma de suas criações foi parar na maquininha fenomenal da Apple unindo a tecnologia do iPhone com a mente fértil deste autor de vários jogos.


Desta vez o boardgame escolhido para integrar uma plataforma de jogo eletrônico foi o Knights of Charlemagne, de 1995 (também conhecido como Tábula Rasa). Trata-se de um Card Game de 1 a 4 jogadores (no iPhone suporta até 2 jogadores) onde cada um representará um exército de cavaleiros tentando obter a soberania militar sobre alguns reinos.

Cada jogador possui um deck com cartas representando seu exército com cavaleiros de 5 cores diferentes (azul, amarelo, vermelho, rozo e verde) e de 5 números diferentes (1 - 5), sendo que cada reino possui as mesmas cores das cartas e o mesmo número das cartas.


Assim, em cada turno de jogo, os participantes colocam suas cartas de acordo com o reino, ou seja, as cartas vermelhas somente podem ser colocadas no reino vermelho ou em um que tenha o mesmo número da carta. Ao final da partida àqueles que conseguirem obter a maioria no reino ganhará os pontos de vitória.

Para as cartas de reino numeradas, o seu número será o valor dos pontos de vitória. No caso das cartas de reino coloridas, cada uma representará 5 pontos. Em caso de empate em qualquer reino, cada jogador ganhará 1 ponto de vitória. Ainda, o primeiro jogador a pontuar dois reinos numerados, ganhará a coroa que valerá por 5 pontos. Em caso de empate ao final do jogo, o desempate se dará a favor daquele que pontuou o reino de menor número.


Em resumo, é um ótimo jogo para termos no iPhone, demonstrando mais uma vez que o mundo dos Boardgames não irá sucumbir a febre tecnológica, e que boa idéias valem muito mais do que apenas belas imagens feitas em computador.

Fonte das imagens: www.boardgamegeek.com
http://appulo.us/appdb/?page=viewapp&id=5813

17 março 2009

O Peso da Antiguidade


Hoje vou comentar sobre um jogo literalmente pequeno mas de peso. O "Roll Through the Ages" faz jus a estes qualificadores mas nem por isso deixa de ser um ótimo passatempo, inclusive para partidas solos. Quem me mostrou e depois me vendeu este jogo foi o Marcelo da JogaSampa.

Trata-se de uma versão super reduzida e simplória do original "Throught the Ages", voltada mais para o público casual ou ainda para aqueles que querem ter uma experiência animada de um jogo rápido de dados com estratégia.

Os componentes são bem trabalhados, sendo que para cada jogador (4 no total) existe um marcador de madeira que controlará os bens e comida dos participantes. Além disso há um enorme bloco de notas com fichas de m
arcação individual onde é traçada a estratégia de cada um e controlados os pontos de vitória. Nestas fichas estão mencionados os monumentos a serem construídos e as tecnologias que ajudarão os jogadores no decorrer da partida.



Os turnos são realizados com rolagem de dados (dãã, Roll Throught....) com figuras no lugar dos números. Podemos obter como resultado: 3 alimentos, 3 trabalhadores, 2 alimentos ou trabalhadores, produtos, dinheiro, e por fim um desastre. Podemos rolar até três vezes os dados, com exceção dos desastres que quando tirados, devem ser "travados".

O interessante no resultado dos desastres é o fato de que de acordo com a quantidade deles obtida, podemos ou perder pontos (quando tiramos dois desastres) ou então fazer com que os outros jogadores percam pontos (quando tiramos três desastres).

E ainda para equilibrar, cada dado desastre garante 2 produtos para serem utilizados para compra. Porém, ao final do turno o jogador não pode ficar com mais de 6 produtos, devendo descartar o excesso. Existe uma tecnologia que ignora este limite permitindo o acúmulo ilimitado de produtos.

Cada jogador inicia a partida com 3 dados (ou cidades como são chamadas) e devemos ao final de cada turno alimentar cada cidade, sob pena de perder 1 ponto por cidade não alimentada
.


As tecnologias modificam as regras a favor daqueles que as desenvolveu além de valerem como pontos de vitória no fim da partida. Para comprá-las é necessário a utilização de dados de dinheiro ou então dos produtos marcados no controle individual.

Temos tecnologias que garantem pontos adicional (Bônus) e dependem do número de cidades e de monumentos.


Por fim, os monumentos garantem aos seus construtores pontos de vitória, sendo que o primeiro que construir ganha os pontos int
egrais e o segundo somente a metade dos pontos.


A partida termina quando forem construídos todos os monumentos ou quando o primeiro jogador desenvolver sua quinta tecnologia. Então são somados os pontos das tecnologias, dos monumentos e dos bônus, subtraíndo os desastres e aquele com a maior pontuação é o vencedor (dãã, não me diga).

Em síntese, Roll Through the Ages é um jogo rápido, interativo, com fator sorte mas permitindo uma boa dose de estratégia na construção de pontos. Para aqueles que gostam de um joguinho solo, terão neste um grande parceiro tentando sempre aumentar sua pontuação.

Recomendado, mas ainda bem longe do Through the Ages.

11 março 2009

A Guerra da Caixinha


Depois de falar sobre o Red November, pensei que não encontraria um bom jogo em uma caixa de dimensões reduzidas. Pois bem, enfim encontrei algo que pode servir como um ótimo passatempo e ainda assim caber no bolso da calça ou da camisa. A caixa é do tamanho de um maço de cigarros e comporta todas as cartas e ainda o manual do jogo, muito mal escrito (que aliás é o único defeito que encontrei).

Estou a falar do jogo "The Battle for Hill 218", um wargame de cartas para dois jogadores, onde são representados os exércitos dos aliados e do eixo. A batalha em questão gira em torno da conquista da Colina 218, um local estratégico para ambos os lados onde não serão poupados esforços para sua conquista.

Cada jogador possui um deck de cartas identico, contendo algumas unidades de ataque, como infantaria, artilharia, forças especiais, etc. Todas as cartas possuem três elementos essenciais ao jogo: Supply, Attack, Support.


O Supply define a linha de suprimentos entre o batalhão e a sua base, sendo que caso não seja possível manter este caminho, não será possível baixar a carta em questão.

No caso do Attack, teremos dois tipos distintos: o ataque direto, que por si só é capaz de aniquilar o batalhão inimigo (artilharia, tanques e airstrike); e o ataque com suporte, onde para exterminar a unidade inimiga teremos que ter uma outra unidade nos dando suporte. Este tipo de ataque é o mais frequente no jogo, sendo que a dose de estratégia se deve bom parte a este quesito.


Por fim, temos a questão do Support, que como j
á vimos, servirá como uma unidade a mais para o ataque.



Dependendo da unidade escolhida, cada elemento irá variar de direção, podendo a mesma ser de forma diagonal ou ortagonal, ou ainda cubrindo todos os flancos.
A vitória se dá quando um jogador consegue invadir a base inimiga, inserindo uma unidade sua. O jogo termina ainda quando as cartas do deck e da mão dos jogadores acabarem, sendo que o ganhador será definido por quem tiver mais cartas na mesa do jogo.

Pelo tamanho extremamente reduzido, pela ótima qualidade do material das cartas e por possibilitar uma boa dose de estratégia aos jogadores, indico o The Battle for Hill 218 para todos aqueles que gostam de uma passatempo rápido e prazeroso.

imagens extraídas do BGG

15 janeiro 2009

Euroliga às Escuras

Segunda Euroliga do ano na Ludus e a casa estava cheia. Tudo pronto para ser mais um sucesso, porém, um detalhe ainda nos incomodava. Jogar no escuro não dá!!! Isso mesmo, ontem depois de uma p%&$ chuva em Sampa acabou a energia na rua onde fica a Ludus, mas mesmo assim seus fiéis participantes não deixaram de comparecer. Pensamos até em jogar um Power Grid para ver se a temática ajudava a voltar a luz, mas acabamos desistindo da idéia.

Cheguei cedo e comecei a jogar o Taluva ainda com a luz do dia que teimava em acabar. Neste jogo somos índios que precisam formar suas aldeias contruindo cabanas, templos ou torres (que parecem antenas). Lembra um pouco o Carcassonne, porém neste jogo é possível colocarmos tiles um em cima do outro representando a erupção de vulcões na ilha. Posso afirmar que é um Carcassonne 3D.
tabuleiro do Taluva

O jogo acaba quando qualquer jogador acabar com seu estoque pessoal de 2 tipos de itens, cabanas, templos ou torres, ou quando os tiles terminares. Assim que isto ocorrer a pontuação é realizada de acordo com a quantidade de itens colocados na Taluva, na ordem de templo, torres e por fim as cabanas.

Já havia jogado o taluva umas 2 outras vezes e sempre com regras diferentes e ontem não foi exceção. Porém, após uma primeira partida com as regras erradas acho que finalmente consegui afinar quais são as regras "verdadeiras". Pena que no fim já nem conseguíamos distinguir uma tribo da outra pois o sol já tinha ido embora.

Depois do Taluva íamos começar a jogar o Clans agora à luz de velas, porém por sorte a energia voltou. O Clans eu também já havia jogado e acho um jogo bem rápido e com uma boa dose de estratégia.

Cada jogador escolhe aleatóriamente um clã ou tribo de determinada cor e mantém em segredo até o final do jogo (ou seja, ninguém sabe a cor de ninguém). Durante a partida cada um vai tentando formar clans (dãã) juntando as peças com outras de modo que fiquem isoladas das demais peças permitindo que ocorra a pontuação que varia de acordo com ao tamanha deste clã. Aquele que formou o clã recebe imediatamente um ponto que será computado no final. Ocorre que em determinadas eras um terreno é mais vantajoso do que outro e existem ainda terrenos que nem possibilitam a pontuação.

peças do Clans

O interessante neste jogo é que as tribos vão pontuando sem ter um jogador vinculado à ela e somente ao final será revelado o jogador de cada tribo, havendo ainda a possibilidade de uma cor que não ficou com nenhum jogador ser a vencedora. Apesar da repulsa de alguns pelo Clans, gosto bastante dele, mas pode ser que este gosto se esvaia com o tempo, afinal só joguei 2 vezes.

Passando o Clans partimos para uma partida de Dominion. Este só conhecia pela BSW mas posso afirmar que com as cartas em mãos fica beeeemmm melhor. Cada jogador forma um deck de cartas que se dividem em três grupos: cartas de pontos de vitória, cartas de dinheiro e cartas de ação. Em cada rodada os participantes podem realizar uma ação com as cartas de ação (dãã de novo) e comprar uma outra carta dos montes de compra.

deck de cartas de compra do Dominion

Para a compra de cartas, incluindo aí as cartas de ponto de vitória, é preciso somar o valor das cartas de dinheiro. Assim, basicamente o jogo é de construção e administração do deck para compra de cartas de pontos. O interessente é que cada carta de ação altera este ordem básica, ora permitindo que se realizem mais ações ou que se compre mais cartas, ou ainda reduzindo a mão dos demais jogadores.

No todo, o jogo possui 25 decks de cartas de ação e cada partida é jogada com apenas 10 decks. Daí percebemos que a possibilidade interminável de combinações que alteram a forma com que o jogo é realizado. A partida termina quando as cartas de ponto de vitória de 6 (as províncias) terminarem ou quando 3 decks quaisquer de cartas também terminarem, quando então são somados os pontos de cada jogador para se chegar ao vencedor.

Por fim, em homenagem ao clima sombrio do início da noite, com jogas à luz de velas, partimos para uma partida de Witch´s Brew. Bom este daqui não vou nem detalhar porque ao contrário dos outros três não sai como vencedor, embora tenha ficado em segundo lugar (rss).

componentes do Witch´s Brew

De qualquer forma, este Euroliga de 2009 parece que será melhor organizada e trará outros jogadores para o nosso convívio semanal, e espero que a casa cheia continue durante o ano inteiro.

imagens extraídas do BGG

04 janeiro 2009

Na era da tecnologia, tabuleiro ainda é Rei


Uma notícia rápida extraída do site do Universo On-Line: a Hasbro vendeu mais que Need for Speed, e para este ano esta previsto o laçamento do Risk para celulares. É sempre bom saber que ainda que sejam jogos mais lights, ainda assim levam o mundo dos tabuleiros para a tela dos videogames e computadores, trazendo os filhos da era da informática mais perto dos boardgames. Quem sabe em alguns anos não veremos o Puerto Rico ou o Agricola saírem para o Playstation 6, ou para o X-Box 1080. Vejam a notícia completa.

"A Electronic Arts e a Hasbro anunciaram que três jogos nascidos da parceria - "Littlest Pet Shop", "Nerf: N-Strike" e "Hasbro Family Game Night" - já venderam, combinados, mais de dois milhões de cópias.

A gigante dos games e famosa fabricante de brinquedos (tem em seu portfólio "Transformers" e "Comandos em Ação") anunciaram um acordo de produção de games em fevereiro do ano passado, que também resultou na produção de títulos baseados em jogos de tabuleiro clássicos, como "Banco Imobiliário" ("Monopoly", no original).


"Littlest Pet Shop" foi o segundo game que mais vendeu em novembro nos Estados Unidos, de acordo com o NPD Group, empresa de referência na apuração de venda de jogos e consoles no país. Já "Nerf: N-Strike" foi o décimo jogo mais vendido para Wii no mesmo período.

Por fim, "Hasbro Family Game Night", que traz seis jogos de tabuleiro no Wii e no PlayStation 2, e "Monopoly" tiveram "lançamentos fortes" e "continuam num bom momento", segundo a Electronic Arts.
A situação contrasta com alguns títulos de grande calibre da produtora, como "Mirror's Edge" e "Need for Speed Undercover", que tiveram vendas abaixo do esperado, ainda segundo a Electronic Arts.

Para este ano, a parceria pretende trazer um jogo baseado no filme de "Comandos em Ação" e uma versão para celular de "Risk".

imagens extraídas de www.hasbro.com e www.boardgamegeek.com