17 março 2009

O Peso da Antiguidade


Hoje vou comentar sobre um jogo literalmente pequeno mas de peso. O "Roll Through the Ages" faz jus a estes qualificadores mas nem por isso deixa de ser um ótimo passatempo, inclusive para partidas solos. Quem me mostrou e depois me vendeu este jogo foi o Marcelo da JogaSampa.

Trata-se de uma versão super reduzida e simplória do original "Throught the Ages", voltada mais para o público casual ou ainda para aqueles que querem ter uma experiência animada de um jogo rápido de dados com estratégia.

Os componentes são bem trabalhados, sendo que para cada jogador (4 no total) existe um marcador de madeira que controlará os bens e comida dos participantes. Além disso há um enorme bloco de notas com fichas de m
arcação individual onde é traçada a estratégia de cada um e controlados os pontos de vitória. Nestas fichas estão mencionados os monumentos a serem construídos e as tecnologias que ajudarão os jogadores no decorrer da partida.



Os turnos são realizados com rolagem de dados (dãã, Roll Throught....) com figuras no lugar dos números. Podemos obter como resultado: 3 alimentos, 3 trabalhadores, 2 alimentos ou trabalhadores, produtos, dinheiro, e por fim um desastre. Podemos rolar até três vezes os dados, com exceção dos desastres que quando tirados, devem ser "travados".

O interessante no resultado dos desastres é o fato de que de acordo com a quantidade deles obtida, podemos ou perder pontos (quando tiramos dois desastres) ou então fazer com que os outros jogadores percam pontos (quando tiramos três desastres).

E ainda para equilibrar, cada dado desastre garante 2 produtos para serem utilizados para compra. Porém, ao final do turno o jogador não pode ficar com mais de 6 produtos, devendo descartar o excesso. Existe uma tecnologia que ignora este limite permitindo o acúmulo ilimitado de produtos.

Cada jogador inicia a partida com 3 dados (ou cidades como são chamadas) e devemos ao final de cada turno alimentar cada cidade, sob pena de perder 1 ponto por cidade não alimentada
.


As tecnologias modificam as regras a favor daqueles que as desenvolveu além de valerem como pontos de vitória no fim da partida. Para comprá-las é necessário a utilização de dados de dinheiro ou então dos produtos marcados no controle individual.

Temos tecnologias que garantem pontos adicional (Bônus) e dependem do número de cidades e de monumentos.


Por fim, os monumentos garantem aos seus construtores pontos de vitória, sendo que o primeiro que construir ganha os pontos int
egrais e o segundo somente a metade dos pontos.


A partida termina quando forem construídos todos os monumentos ou quando o primeiro jogador desenvolver sua quinta tecnologia. Então são somados os pontos das tecnologias, dos monumentos e dos bônus, subtraíndo os desastres e aquele com a maior pontuação é o vencedor (dãã, não me diga).

Em síntese, Roll Through the Ages é um jogo rápido, interativo, com fator sorte mas permitindo uma boa dose de estratégia na construção de pontos. Para aqueles que gostam de um joguinho solo, terão neste um grande parceiro tentando sempre aumentar sua pontuação.

Recomendado, mas ainda bem longe do Through the Ages.

11 março 2009

A Guerra da Caixinha


Depois de falar sobre o Red November, pensei que não encontraria um bom jogo em uma caixa de dimensões reduzidas. Pois bem, enfim encontrei algo que pode servir como um ótimo passatempo e ainda assim caber no bolso da calça ou da camisa. A caixa é do tamanho de um maço de cigarros e comporta todas as cartas e ainda o manual do jogo, muito mal escrito (que aliás é o único defeito que encontrei).

Estou a falar do jogo "The Battle for Hill 218", um wargame de cartas para dois jogadores, onde são representados os exércitos dos aliados e do eixo. A batalha em questão gira em torno da conquista da Colina 218, um local estratégico para ambos os lados onde não serão poupados esforços para sua conquista.

Cada jogador possui um deck de cartas identico, contendo algumas unidades de ataque, como infantaria, artilharia, forças especiais, etc. Todas as cartas possuem três elementos essenciais ao jogo: Supply, Attack, Support.


O Supply define a linha de suprimentos entre o batalhão e a sua base, sendo que caso não seja possível manter este caminho, não será possível baixar a carta em questão.

No caso do Attack, teremos dois tipos distintos: o ataque direto, que por si só é capaz de aniquilar o batalhão inimigo (artilharia, tanques e airstrike); e o ataque com suporte, onde para exterminar a unidade inimiga teremos que ter uma outra unidade nos dando suporte. Este tipo de ataque é o mais frequente no jogo, sendo que a dose de estratégia se deve bom parte a este quesito.


Por fim, temos a questão do Support, que como j
á vimos, servirá como uma unidade a mais para o ataque.



Dependendo da unidade escolhida, cada elemento irá variar de direção, podendo a mesma ser de forma diagonal ou ortagonal, ou ainda cubrindo todos os flancos.
A vitória se dá quando um jogador consegue invadir a base inimiga, inserindo uma unidade sua. O jogo termina ainda quando as cartas do deck e da mão dos jogadores acabarem, sendo que o ganhador será definido por quem tiver mais cartas na mesa do jogo.

Pelo tamanho extremamente reduzido, pela ótima qualidade do material das cartas e por possibilitar uma boa dose de estratégia aos jogadores, indico o The Battle for Hill 218 para todos aqueles que gostam de uma passatempo rápido e prazeroso.

imagens extraídas do BGG